quinta-feira, 28 de maio de 2015

Nossa, como você é alta!

Essa frase, ouvida por mim infinitas vezes me comprovou a falta de criatividade das pessoas. Eu tenho 1,82 de altura. Creio que já nasci com essa altura, tal a estranheza com a qual as pessoas sempre me olharam. Na escola, sempre fui a última da fila. Não precisa ser doutor em psicologia pra fazer uma análise de como isso repercutiu na minha vida. Além disso eu era muito magra e boa parte da infância usava um tampão no olho, como um pirata. Eu me sentia um ET, era vista como um ET e tive o azar de, aos 3 anos de idade, ganhar um casal de irmãos gêmeos. Ambos lindos, rechonchudos, loirinhos e olhos profundamente azuis. Aquilo me deixou, certamente, ainda mais alta, magra, desajeitada, tímida e amarga. Corri para os livros e, felizmente, isso me salvou de ser uma completa tragédia na escola. Pra aproveitar minha altura, meu pai tentou me inscrever em equipes de basquete e vôlei. Eu sempre fui desajeitada e aquilo, definitivamente, só fez diminuir ainda mais minha quase zero autoestima. 

Salto no tempo
Meu pai me proibiu de fazer a faculdade que eu queria (psicologia), com argumentos inteligentíssimos tipo: Você vai virar uma solteirona, Toda psicóloga é maluca. Como eu sabia desenhar bem, sugeriram que eu fizesse publicidade . Fiz publicidade e me tornei designer gráfica.
Aos 16, 17 anos, consegui arrumar alguns namorados e aos 19, conheci aquele que viria a ser (e é até hoje, meu marido). Ele é um cara bacana e nossos 2 filhos são lindos.
Nunca tive vontade de trabalhar em agência grande, e com meus 26 anos eu tinha minha própria agência, em sociedade com meu marido.
De certa maneira, eu já poderia me considerar uma vencedora. Mas até meus 38 anos, embora eu tivesse encontrado alguns momentos de felicidade, não tinha experimentado a paz e o equilíbrio nenhuma vez.

Imagina então, a Taís - uma pessoa difícil, complicada, que beira a bipolaridade mas que, nos dois últimos anos, passou por uma estrada sem volta: o caminho do autoconhecimento real. Sem blá-blá-blá dos livros de autoajuda (sempre repetitivos), sem um tutor, mestre, professor, facilitador, psicólogo Eu caminhei pra dentro de mim mesma através de experiências espirituais profundas.
Aos quase 40 anos, eu agia como uma menina boazinha. Por isso mesmo, tinha o hábito de ser passada pra trás constantemente, por amigo, sócio, cliente, quem viesse. Fiquei chata e amarga.
Mas não vou ficar aqui choramingando. O fato é que, de verdade, aos 40 anos minha vida começou. Aos 40 anos eu, publicitária, sócia de uma pequena agência, vida estável e confortável, tive a oportunidade de despertar. E principalmente, a coragem pra encarar as consequências desse despertar.

Estou construindo uma carreira nova, respirando novos ares, ganhando novos amigos. A mudança principal veio de dentro e foi tão intensa que minha vontade é incentivar você também a ser exatamente aquilo que deseja ser. Paz, equilíbrio e felicidade são consequências de uma transformação que pode, sim, acontecer de forma natural.
Vamos juntos?




Um comentário:

  1. Muito lindo o seu despertar .. Alem de mãe de duas lindas crianças ainda compartilha o amor com as crianças do lar .. Parabéns por tão sublime transformação

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