sexta-feira, 5 de junho de 2015

Pé na bunda

Gente é um troço esquisito. Não consegue viver sozinho (e não tou falando de relacionamento afetivo apenas), e sofreeee pra viver junto! Quantos problemas, dilemas, quantas dores, quantas decepções... quantas emoções bagunçam a coisa toda!
É que gente é complicada. Não dá pra ser 100% sincero, porque você vira um antipático, grosso, antissocial. E soa falso se você optar por ficar na sua, não se envolver. Meio termo? Não dá, porque aí entra a sua personalidade e o "não consigo ser diferente" entra em cena. E também gente "meio termo"é morna e volúvel. Aí o mundo engole, mesmo.
Seria tudo tão mais simples se pudéssemos nos relacionar verdadeiramente com os outros, sem medo de ser feliz. Impossível? Mais ou menos.
Primeiro de tudo, a gente precisa se bastar. Se bastar significa nunca mais na vida, tomar pé na bunda! Nem quando o bofe resolve te largar, nem quando o chefe te manda embora, nem quando a vida passa uma rasteira. Se você conseguir mudar o seu foco derrotista, te garanto, nada vai ser pé na bunda e tudo vira aprendizado. Então primeira coisa, focar diferente. O bofe vai embora? Azar dele. Você se basta, olha pra frente e diga: "Próximoooo!".
Assim você exercita a delícia de se valorizar. De se sentir mais. De não ter mais medo de portas fechadas. Você escolhe qual porta vai se abrir pra você quando consegue ser positivo, estufar o peito, arregaçar as mangas e parar de se sentir o coitadinho.
Gente "coitadinha de mim" me irrita, sabe? Detesto essa energia, essa "coisa" de se sentir vítima do mundo. Adoro gente que sacode a poeira.
Eu acho que virei especialista em sacudir a poeira, porque a vida volta e meia me pede isso. Então fico intolerante com quem não tem coragem.
Então, primeiro se bastar, se valorizar. Segundo ter coragem. 
Uma pessoa que se valoriza, que tem coragem, que se basta, não toma pé na bunda. Tá, toma rasteira às vezes, mas sacode rapidinho... Gente assim dá pé na bunda quando percebe que a coisa não tá boa e que merece coisa melhor. A vida é assim, quem não dá, leva.
Só acho.


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